Escola antirracista: construindo comunidades afirmativas
15:53
ATENÇÃO: A fonte deste texto é a Assessoria de Imprensa do Departamento de Educação da editora Companhia das Letras, e foi devidamente autorizada a reprodução na íntegra aqui no blog =)
“Escola antirracista: construindo
comunidades afirmativas”
O projeto “Escola
antirracista: construindo comunidades afirmativas” é uma iniciativa
editorial que colabora com a implementação das Leis 10.639/2003 e 11.645/2008,
especialmente na Educação Básica. Foi idealizado pelo Departamento de Educação
da Companhia das Letras, em parceria com editoras negras e com editoras
especializadas em temáticas negras ou com publicações relevantes para o debate
étnico racial no Brasil.
Esse coletivo, por
acreditar na leitura como uma aliada fundamental para a construção de uma
sociedade justa, disponibiliza um robusto catálogo integrado e uma série de
encontros virtuais, dedicados ao tema do racismo, do antirracismo e das
relações raciais. As ações estão previstas para o período de dezembro de 2020 a
dezembro de 2021.
O projeto, por aliar
educação, literatura e antirracismo, deseja produzir impactos positivos nas
várias comunidades escolares (públicas e privadas) e, por extensão, na própria
sociedade de maneira mais ampla.
APRESENTAÇÃO
O projeto “Escola
antirracista: construindo comunidades afirmativas” é fruto da
construção coletiva de um grupo de editoras que considera a escola como um
espaço central para a formação de sujeitos capazes de conviver respeitosamente
na diversidade e transformar a sociedade, de combater o racismo e as múltiplas
desigualdades que nos cercam. Essa parceria ancora-se no entendimento de que a
educação escolar deixa marcas importantes em todos os corpos que atravessa,
além de consolidar estruturas mentais que moldam as nossas relações sociais,
principalmente o âmbito das instituições que referenciam, regulam e dinamizam o
nosso cotidiano.
O coletivo foi
impulsionado pela Companhia das Letras que, por meio de seu Departamento de
Educação, propôs um movimento que reunisse editoras em torno da perspectiva
antirracista na escola. De imediato, considerou-se a relevância da adesão de
editoras negras, pois estas, há décadas, trabalham com a edição para o
protagonismo autoral negro e pela emergência do antirracismo por meio da
leitura. Participam, também, editoras especializadas em temáticas negras ou com
publicações relevantes para o debate étnico racial no Brasil. Essa integração
mostra-se necessária e urgente porque, mediante tamanha desigualdade
sociorracial em pleno século XXI,
é de fundamental importância nos unirmos à luta contra o racismo no
Brasil.
Todas as
editoras do projeto “Escola antirracista: construindo comunidades
afirmativas” encontram-se comprometidas com a equidade e o bem viver. Por
isso, seus catálogos apresentam publicações de diversos gêneros textuais que,
direta ou indiretamente, abordam as relações étnico-raciais nos universos negro
e indígena. São livros que promovem a circulação de representações, reflexões e
movimentos que, de fato, colaboram com a fragmentação dos pilares históricos
nos quais o racismo estrutural se debruça. Nesse sentido, servem como
ferramentas para a reconstrução de imaginários e de políticas que possibilitem
uma sociedade efetivamente antirracista no Brasil. Dessa forma, esta iniciativa
contribui com a implementação das Leis 10.639/2003 e 11.645/2008 em todos os
níveis do sistema educacional brasileiro, especialmente na Educação
Básica.
O projeto “Escola
antirracista: construindo comunidades afirmativas” se consolida, portanto,
como uma somatória de percepções e vivências de profissionais antirracistas que
acreditam na leitura como uma aliada fundamental para a construção de uma
sociedade justa. Por isso, a ação inicial – a produção de um catálogo básico
com indicações de livros para adoção nas escolas públicas e privadas, acompanhado
de uma pesquisa que servisse de material de apoio às professoras e professores
– transformou-se, após vários encontros entre as editoras e editores
envolvidos, em um projeto amplo e com ações estrategicamente integradas e
continuadas. Assim, o coletivo de editoras acredita que as instituições
escolares estarão ainda mais amparadas pedagogicamente para o processo de
ensino-aprendizagem por conteúdos sobre histórias e culturas negras e
indígenas, em especial quanto às leituras literárias.
Várias ações serão
desenvolvidas de dezembro de 2020 a (ao menos) dezembro de 2021. Após o
lançamento, a primeira etapa deste projeto contará com a participação das Aziza
Editora, Boitempo Editorial, Editora Oralituras, Editora
Perspectiva, Grupo Autêntica, Grupo Companhia das
Letras, Malê Editora, Mazza Edições, Nandyala
Livraria e Editora, Pallas Editora e Quilombhoje
Literatura. A segunda etapa, a partir de julho de 2021, envolverá a
participação de outras editoras interessadas. Para garantir a efetividade dos
propósitos, foi organizado um robusto catálogo integrado e o primeiro de uma
série de encontros virtuais, dedicados ao tema da educação, racismo, do
antirracismo e das relações raciais. O projeto estabelece uma relação de
empatia com profissionais da Educação e, por aliar educação, literatura e
antirracismo, deseja produzir impactos positivos nas várias comunidades
escolares (públicas e privadas) e, por extensão, na própria sociedade de
maneira mais ampla.
É fato que o cenário
pandêmico impossibilita ou limita as interações presenciais, porém as
tecnologias garantirão a proximidade do trabalho dessas editoras com as
realidades e demandas educacionais, seja pelas inúmeras sugestões de títulos
que serão apresentados como alternativas para as leituras escolares, seja por
meio da formação continuada de professoras e professores, ou pela interação
direta com autoras, autores e especialistas convidados, também parceiras e
parceiros desta iniciativa.
SERVIÇO
O QUE É?
Lançamento do projeto “Escola
antirracista: construindo comunidades afirmativas” e realização do primeiro
ciclo de debates com autoras, autores, educadores e pesquisadores.
QUANDO?
4 e 5 de dezembro de 2020
ONDE?
Canal do YouTube LetrinhaZ: https://www.youtube.com/c/CanalLetrinhaZ/featured
QUEM PODE PARTICIPAR?
O evento é aberto a todas, todos e
todes. Os debates são voltados, principalmente, aos profissionais da Educação
Básica (Educação Infantil; anos iniciais e finais do Ensino Fundamental; e
Ensino Médio), educadores sociais e demais interessados em interagir com o
potencial da leitura e da diversidade étnico-racial para a formação pessoal,
profissional e cidadã.
ACOMPANHE NOSSA PROGRAMAÇÃO!
DIA |
HORÁRIO |
MESA |
TEMA |
PARTICIPANTES |
04/12 |
16h às
17h |
MESA
ABERTURA |
Antirracismo, educação e literatura |
com o patrono do evento Kabenguelê Munanga Mediação:Iris Amâncio |
04/12 |
17h às
18h |
APRESENTAÇÃO
DO PROJETO |
Apresentação do projeto Por uma escola afirmativa: construindo
comunidades antirracistas |
Fernanda Sousa e Elly Bayó Mediação: Rafaela Deiab |
05/12 |
10h |
INTERVENÇÃO
CULTURAL (Contação de história) |
Contação de história: Nã Agotimé, uma rainha africana no
Brasil (Benim) |
com Patrícia Adjokè Matos Apresentação:Maitê Freitas |
05/12 |
10h15
às 11h45 |
MESA
1 |
Novos imaginários: por uma Educação Antirracista desde a primeira
infância |
Cristina Teodoro, Madu Costa e Waldete Tristão Mediação:Simone
Ricco |
05/12 |
13h30
às 15h |
MESA
2 |
Narrativas: escrever-se negros no plural |
Lia Vieira, Eliana Alves Cruz e Jeferson Tenório Mediação:Luana
Tolentino |
05/12 |
15h às
16h30 |
MESA
3 |
Vozes e corpos de mulheres negras: transversalidades das literaturas
negras |
Lavínia Rocha, Carmen Faustino, Verônica Bonfim Mediação:Glauciane
Santos |
05/12 |
16h30 |
INTERVENÇÃO
CULTURAL (Contação de história) |
Contação de história: A história que a minha mãe não me contou (Guiné-Bissau) |
com Eliseu Banori Apresentação:Márcio Barbosa |
05/12 |
16h45
às 18h15 |
MESA
4 |
Deslocamentos: caminhos e perspectivas para o antirracismo |
Erivaldo Santos, Renato Noguera e Elisa Larkin Mediação:Carol
Rocha |
05/12 |
18h15
às 19h15 |
ENCERRAMENTO |
Perspectivas do projeto Educação Antirracista |
Lilia Schwarcz e Fernando Baldraia |
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